sexta-feira, 6 de março de 2009

O desafio


Agora que o aeroporto de Beja caminha a passos largos para ser inaugurado e o IP8 vai ser construído a partir do próximo mês. Agora que as várias albufeiras e canais do empreendimento global de Alqueva começam a estar concluídos e, nos extensos campos baixo-alentejanos, se erguem olivais e novas culturas regadas. Agora que todas as escolas do Instituto Politécnico de Beja têm instalações apropriadas e condignas, apresentando mais potencial para atrair alunos e afirmar a investigação. Agora, também, que os serviços de saúde ganharam uma nova organização distrital e o hospital central tem quase pronta a nova unidade de oncologia. Agora que as autarquias acentuam as suas preocupações sociais e implementam cada vez mais políticas de auxílio aos mais desfavorecidos. Agora que a Entidade Regional de Turismo do Alentejo está sediada em Beja e, numa estratégia integrada e planeada, parece estar a definir uma verdadeira política de promoção e valorização da “marca” Alentejo. Agora que temos uma boa rede de salas de espectáculos e uma crescente produção cultural em vários concelhos da região. Agora que há cada vez mais investidores interessados em vir para o Baixo Alentejo, seja no domínio agrícola, na transformação ou nos serviços. Agora… que futuro vai ter a nossa terra?Sabemos bem que, para quem leu estas últimas linhas e rejeita o pessimismo, fica a sensação que está à porta um futuro muito diferente. Contudo, faz falta dizer que a região está envelhecida, descrente, descapitalizada, carecida de mais pessoas e novas mentalidades. E está a ser penalizada, como o resto do mundo, por uma crise complicada, que acentuou e vai acentuar mais o desemprego e as debilidades sociais.Estamos, portanto, numa encruzilhada que só o tempo ajudará a resolver. Mas acreditamos que, neste momento, o Baixo Alentejo está igualmente num patamar que não é comparável com o passado. É deste ponto de partida que devemos olhar para o futuro e fazer as apostas mais certas, sem esperar por paternalismos estatais e com determinação para tirar partido das diferentes “ferramentas” que estão ao nosso dispor. Será a capacidade de inovar, correr riscos e trabalhar que ajudará à criação de um novo tempo na nossa região. Este é o desafio!

AJB

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