quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Presidente


Dia 22 de Janeiro fez três anos que Cavaco Silva foi eleito Presidente da República. Depois de um período inicial do mandato em que manteve uma forte proximidade com o Governo, os últimos tempos têm sido pródigos em episódios que revelam alguma divergência e, por isso, há um “arrefecimento” natural na apregoada cooperação estratégica.Pessoalmente, consideramos que a figura do Presidente da República, seja Cavaco ou outro qualquer, nos termos em que está definida pela Constituição é absolutamente desnecessária e sem qualquer relevância. Apesar de ser detentor da “bomba atómica”, a figura exacerbada com que alguns catalogam o poder de dissolver a Assembleia da República, ao Chefe de Estado cabe uma alargada magistratura de influências e a promulgação daquilo que o Parlamento aprova, além da representatividade do Estado.E nestes três anos, que fez Cavaco? Sinceramente, não mudou o quadro e teve a particularidade de, num ou noutro processo, se ter excedido numa postura em “bicos de pés” para tentar comprovar influência. E há três situações que mostram bem as suas debilidades: o episódio do Estatuto dos Açores, apesar da legitimidade dos seus argumentos, foi estendido até ao limite contra a quase unanimidade do Parlamento. O não afastamento de Dias Loureiro do Conselho de Estado revela uma falta de coragem política preocupante. O permanente esquecimento das lacunas provocadas pelos 10 anos em que foi primeiro-ministro demonstra alguma falta de verticalidade política.Portanto, Cavaco Silva não tem sido mais do mesmo em Belém. Tem sido pior e isso, a nosso ver, ajuda a enfraquecer a figura do Presidente da República. Esperemos que, ao longo deste dificílimo 2009, cheio de eleições e tantos interesses díspares, Cavaco Silva não caia na tentação de preparar caminhos para a sua “casa” política e, desse modo, enfraquecer ainda mais a sua prestação. Ao Presidente, em tempo de grave crise económica e presumível instabilidade social, pede-se que seja guardião do equilíbrio e da sensatez. E que tenha a alta responsabilidade política que o cargo lhe exige e o país precisa.

AJB

Tragédia em tons laranja


Nesta altura, muitos dos militantes do PSD que criticaram duramente o silêncio da sua líder no pico do Verão devem estar hoje a rezar e fazer mezinhas para que Manuela Ferreira Leite se afaste a todo o custo dos microfones. É que depois da infeliz analogia quando falou da dificuldade em fazer mudanças em democracia, a presidente social-democrata veio agora a público falar do TGV e dar o dito por não dito, criticando um projecto que nasceu durante o Governo que ela própria integrou. A isto somam-se ainda os recentes episódios da escolha de alguns pseudo-candidatos autárquicos (que mais parece uma lista para possíveis colaboradores de um canal de TV) ou as afirmações sobre o eventual “dedinho” do Governo na opção tomada pela revista “The Economist” em convidar para a sua conferência anual Pedro Passos Coelho e não alguém da actual direcção do PSD. E é assim que, entrados num decisivo ano (por todas e mais alguma razão) para Portugal, vai o maior partido da oposição: um “saco de gatos” sem uma liderança estável, sem ideias para o país, sem um projecto para governar e sem inspirar um pingo de confiança ao mais acérrimo dos militantes. Nem Ésquilo ou Eurípedes fariam melhor! Ou pior…

CP

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Serão de cante em Castro Verde


Os grupos corais “Vozes de Casével”, de Ourique, da Brandoa, “Os Ganhões de Castro Verde” e “Amigos do Cante de Alvito” são os participantes no serão de cante alentejano que a Associação de Cante “Os Ganhões” promove este sábado, 17. A iniciativa vai ter lugar pelas 21h30 no cine-teatro municipal de Castro Verde e tem por finalidade celebrar o cante “como identidade cultural da região”.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Cinco formas de arte em Aljustrel


"Colectiva 5", uma exposição que revela obras de sete artistas e cinco formas de arte, como pintura, escultura, fotografia, poesia e música, é inaugurada esta sexta-feira, 9, no espaço Oficinas de Animação e Formação Cultural de Aljustrel. As obras dos artistas António Nunes e Pedro Pinheiro (pintura), João Branco e Maria Carapeto (fotografia), Paulo Pinheiro (escultura), Paulo Barriga (poesia) e Jorge Mantas (música), todos alentejanos, podem ser apreciadas até 31 de Janeiro.