quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Tragédia em tons laranja


Nesta altura, muitos dos militantes do PSD que criticaram duramente o silêncio da sua líder no pico do Verão devem estar hoje a rezar e fazer mezinhas para que Manuela Ferreira Leite se afaste a todo o custo dos microfones. É que depois da infeliz analogia quando falou da dificuldade em fazer mudanças em democracia, a presidente social-democrata veio agora a público falar do TGV e dar o dito por não dito, criticando um projecto que nasceu durante o Governo que ela própria integrou. A isto somam-se ainda os recentes episódios da escolha de alguns pseudo-candidatos autárquicos (que mais parece uma lista para possíveis colaboradores de um canal de TV) ou as afirmações sobre o eventual “dedinho” do Governo na opção tomada pela revista “The Economist” em convidar para a sua conferência anual Pedro Passos Coelho e não alguém da actual direcção do PSD. E é assim que, entrados num decisivo ano (por todas e mais alguma razão) para Portugal, vai o maior partido da oposição: um “saco de gatos” sem uma liderança estável, sem ideias para o país, sem um projecto para governar e sem inspirar um pingo de confiança ao mais acérrimo dos militantes. Nem Ésquilo ou Eurípedes fariam melhor! Ou pior…

CP

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