sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Dr. Flamínio


Conheci Flamínio Roza há pouco mais de dois anos. Era um homem genuíno, vivido, muito informado e bem formado. E sobretudo era um homem desmedidamente apaixonado pelo Alentejo. A doença traiu-o no momento de voltar à sua “pequena pátria”, numa altura em que se propunha erguer alguns projectos muito interessantes. Esperamos que, para honrar a sua memória, os seus seguidores saibam agarrar com paixão um legado de ideias e projectos tão valiosos. Onde quer que esteja, o dr. Flamínio saberá regozijar-se e ficar feliz!

AJB

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O "belo" mês de Agosto


Duas breves notas dedicadas ao Agosto do contentamento geral:

1 – O mês começou com o anúncio de que a área ardida em todo o país no primeiro semestre de 2007 diminui comparativamente com o período homólogo do ano anterior. Uma boa notícia, apesar do distrito de Beja ser o terceiro da lista em área ardida, com um total de 489 hectares. Esperemos que Agosto não faça Beja subir no ranking

2 – Agosto é, igualmente, o mês em que os políticos embarcam para o estrangeiro tropical. O mês em que os sindicalistas colocam de lado as reivindicações. O mês em que o litoral se torna ainda mais sobrelotado. A silly season, como muitos lhe chamam num misto de escárnio e pretensão, é cada vez mais uma realidade incontornável da sociedade portuguesa e nem Beja lhe escapa.

Andar pela capital de distrito nestes dias cálidos de Agosto é uma constante descoberta. De ruas ainda mais vazias. De lojas, restaurantes e estabelecimentos similares de portas fechadas. De serviços a funcionar a meio-gás. Em Agosto, tudo pára. Na cidade como no país.

Carlos Pinto

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Partidos à beira da extinção?


Os resultados das candidaturas “independentes” nas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa de 15 de Julho colocaram na ordem do dia um debate que há muito consome politólogos e outros especialistas.

Isto porque grande parte destes viram nas “semi-vitórias” de Carmona e Roseta o exemplo prático da sua tese, na qual constatam a perda de capacidade de influência e, sobretudo, de mobilização dos partidos políticos face a uma sociedade cada vez mais absorta e alheada de convicções ideológicas.

Um cenário catastrófico que anuncia, na opinião destes opinion makers, a morte dos partidos.
Sem querer estar a meter a foice em seara alheia – porque isto de nos intrometermos num debate entre académicos tem muito que se lhe diga –, parece-me que tal nunca sucederá.

Pelo contrário, entendo ser bem mais provável que as candidaturas independentes não passem dum fenómeno passageiro causado pelo círculo vicioso dos partidos.

Estes, apesar de tudo, terão dificuldades em deixar de integrar qualquer sociedade e deixar de ser o elo de ligação entre a sociedade civil e política.

Necessitam apenas, a meu ver, de serem reformados urgentemente. Em todos os sentidos. Das ideias às pessoas. Porque já ninguém tem paciência para ver os mesmos “Quixotes” de sempre a clamarem contra os “moinhos” do costume.
Carlos Pinto

De volta

Tão prolongada quão indesejada, colocamos agora ponto final na nossa ausência da blogosfera.

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