sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O património da (na) Diocese de beja


O trabalho desenvolvido pelo Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja foi, mais uma vez, distinguido pela sua preserverança, visão e resultados alcançados ao longo das últimas duas décadas.
Num território onde a prática religiosa sempre foi encarada com reservas, apesar da reconhecida fé dos alentejanos, os resultados alcançados neste domínio devem confortar-nos. Porque revelam como é possível, a partir de um projecto sério, bem planeado e fundado em boas competências, alcançar resultados meritórios e exemplares para o resto do país. E neste plano da preservação e valorização do património histórico e artístico da Diocese de Beja, a nossa região pede meças e está largamente à frente de outros territórios nacionais.
Para isso muito contribuiu o bispo Manuel Falcão, que no tempo certo teve o arrojo e a visão para apoiar inteiramente um projecto ímpar, seja através da criação daquele do DPHA da Diocese seja na confiança sempre depositada no trabalho de quem o dirige. Esta atitude foi, depois, bem continuada pelo actual chefe da Igreja baixo-alentejana, D. António Vitalino, que soube perceber a importância do trabalho feito e das conquistas que ainda havia por fazer.
Estes dois homens foram fulcrais mas, percebe-se bem, é José António Falcão quem merece o maior mérito de todo este processo. A sua inequívoca qualidade científica, a persistência e a visão muito detalhada para todo este trabalho, fazem dele uma personalidade ímpar.
No contexto de uma região tantas vezes lamuriosa, que quase sempre prefere ver o lado negativo e a desventura, é bom que reconheçamos frontalmente aquilo que é muito bem feito e que prestigia a nossa terra. Neste contexto, o DPHA da Diocese de Beja é um exemplo que devemos olhar com atenção, de modo a entendermos que a qualificação e o mérito terão de ser os pilares para o futuro desta região.

AJB

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