
Para quem, como eu, nasceu e cresceu em total ambiente de liberdade, a guerra do Ultramar não é mais que um facto histórico abordado em algumas (poucas) aulas. Uma página negra na História de Portugal, mas que pouco aprece afectar aqueles que nasceram depois do 25 de Abril. A guerra do Ultramar está para os jovens portugueses – e salvo a devida dimensão – como a guerra do Vietname para os jovens norte-americanos: não passa de um acontecimento distante, inócuo, capaz de dar azo a alguns (bons) filmes de entretenimento.
Contudo, a guerra do Ultramar (assim como a do Vietname e outras tantas) é bem mais que um facto histórico. É algo que marcou profundamente toda uma sociedade e várias gerações de portugueses. É uma ferida por sarar que continua, em silêncio, a atormentar homens e mulheres com quem diariamente nos cruzamos.
Por isso mesmo, o trabalho jornalístico que Joaquim Furtado tem apresentado às terças-feiras na RTP é merecedor da atenção de todos aqueles que, como eu, encaram a guerra do Ultramar como algo que está apenas na génese das tatuagens “Amor de mãe” ou “Angola 66”. Porque aqueles 40 minutos recheados de imagens a preto-e-branco das colunas em movimento de soldados portugueses, de relatos minuciosos das operações de guerrilhas por militantes da UPA ou por descrições das inúmeras batalhas no coração da savana africana valem bem mais que uma dúzia de anos de escolaridade obrigatória.
Contudo, a guerra do Ultramar (assim como a do Vietname e outras tantas) é bem mais que um facto histórico. É algo que marcou profundamente toda uma sociedade e várias gerações de portugueses. É uma ferida por sarar que continua, em silêncio, a atormentar homens e mulheres com quem diariamente nos cruzamos.
Por isso mesmo, o trabalho jornalístico que Joaquim Furtado tem apresentado às terças-feiras na RTP é merecedor da atenção de todos aqueles que, como eu, encaram a guerra do Ultramar como algo que está apenas na génese das tatuagens “Amor de mãe” ou “Angola 66”. Porque aqueles 40 minutos recheados de imagens a preto-e-branco das colunas em movimento de soldados portugueses, de relatos minuciosos das operações de guerrilhas por militantes da UPA ou por descrições das inúmeras batalhas no coração da savana africana valem bem mais que uma dúzia de anos de escolaridade obrigatória.
Carlos Pinto
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