sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

O FUTURO DOS JORNAIS

Um leitor de jornais nunca irá divorciar-se do papel. Mas as novas gerações estão a borrifar-se para esses velhos amores, temperadas com o forte cheiro da tinta e uma ida ao quiosque antes de tomar um café [para espreitar as gordas enquanto se cruzam impressões com o homem do balcão]. O futuro é amanhã e esse futuro empurra-nos para o on-line: “o sétimo continente”, como lhe chamou Carlos Magno. Segue, por isso, muito interessante a luta para inverter o destino. Por exemplo, o “Público” vai mudar de cara e de organização. Esperamos com expectativa a mudança de um jornal que marcou a imprensa portuguesa na última década e meia. Será capaz de suster a perda de leitores? Terá habilidade para seduzir novos leitores? Para reinventar o jornal bastará “vestir-lhe uma roupa nova”? Tenho para mim que, com a Internet e a histórica e ímpar falta de hábito para ler jornais em Portugal, a “operação” é difícil e exigente. Mas tenhamos esperança que o “Público” volte a fazer história. Mesmo em terrenos muito áridos.
António José Brito

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