
Os últimos tempos têm sido, no mínimo, “interessantes” para a agricultura baixo-alentejana. Dos investimentos espanhóis em olivais e lagares aos elogios do ministro da Agricultura à produção de uvas de mesa em Ferreira do Alentejo. Da afirmação extra-muros do sector vitivinícola ao aumento da cotação do trigo no mercado internacional. Agora, sabe-se também que o Baixo Alentejo será um dos principais fornecedores de sementes de girassol para a produção de biocombustíveis. E isto sem esquecer o prémio nacional conquistado recentemente por uma unidade de enoturismo da região. Todos estes são indicadores de um sector em plena mudança. De ideais e de atitude. Depois de anos a fio condicionada pelas culturas de sequeiro (e pelos caprichos do clima, cada vez mais complicados de entender), a actividade primária parece renascer numa região que, quase sempre, viveu do que a terra lhe concede. Sinais interessantes que deixam, igualmente, transparecer uma nova mentalidade entre os empresários agrícolas locais, aparentemente mais empreendedores e menos “pedinchões”. O que não é nada mau, pois 2013 é já ali e há que começar a preparar o futuro.
Carlos Pinto
Carlos Pinto