
“Os britânicos são muito patriotas e estão prontos para ficar ao lado dos McCann para o que der e vier”.
A afirmação foi feita na passada segunda-feira, em pleno prime-time da televisão portuguesa, pela jornalista Sandra Felgueiras.
A mesma que, insistentemente, questionou um idoso britânico sobre as razões por que estava cansado de ter tantos jornalistas na sua rua.
Percebe-se que esta “loucura” que é ter de dar novas informações sobre um caso que não as tem, obrigue as pessoas a ter de inventar qualquer coisa ou mesmo a exteriorizar interpretações apressadas.
Neste caso concreto, a jovem repórter da RTP insinuou claramente que os britânicos não querem saber do sentido da justiça.
Pelo contrário, por uma razão patriótica e “para o que der e vier”, estão prontos para ficar ao lado do casal McCann e enfrentar todas as verdades da investigação, mesmo que elas concluam o seu envolvimento num crime!
Como é que alguém pode arvorar-se tão levianamente em porta-voz do povo britânico?
É à luz do sentido errado que se dá às palavras que se perde credibilidade e se desequilibra o trabalho jornalístico.
A culpa é desta informação fast-food, feita do mesmo modo que se enchem chouriços...
AJB